Entenda a diferença entre cardiopatias congênitas e adquiridas para o cuidado da saúde
No Dia Nacional do Cardiologista, em 14 de agosto, a diretora médica do Pro Criança Cardíaca, cardiologista e pediatra Dra. Isabela Rangel, alerta que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. No Brasil, atualmente, é responsável por mais de 243 mil mortes, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). “Para alcançarmos a longevidade, proteger o coração ainda na infância é essencial. Vários trabalhos científicos demonstram que ter um estilo de vida saudável desde cedo, preservando o bem estar físico e mental, faz toda a diferença”, diz.
As cardiopatias podem ser congênitas ou adquiridas. As congênitas são anomalias na estrutura e/ou função do coração que ocorrem durante a vida fetal. Sua incidência é de cerca de uma para cada 100 nascidos vivos. O diagnóstico pode ser feito ainda com a criança na barriga da mãe. Com o ecocardiograma fetal, por exemplo, é possível identificar lesões estruturais antes do nascimento e, em geral, deve ser realizado entre a 24ª e a 28ª semanas de gestação. “São as malformações mais frequentes ao nascimento. Não têm uma causa definida e ocorrem pela interação de fatores genéticos e ambientais. O diagnóstico precoce, os avanços nas técnicas cirúrgicas e da hemodinâmica, assim como o acompanhamento regular por uma equipe multidisciplinar possibilitam a maior sobrevida e a melhora na qualidade de vida desses pacientes”, explica Dra. Isabela.
O trabalho realizado no Pro Criança Cardíaca fornece o diagnóstico, tratamento e acompanhamento de crianças com cardiopatias congênitas, além de dar o suporte necessário à família. O Projeto Social sem fins lucrativos fundado em 1996 pela cardiologista Dra. Rosa Celia já atendeu mais de 15.300 crianças e adolescentes cardíacos carentes, realizou mais de 37 mil consultas cardiológicas, 1.700 procedimentos invasivos (cirurgias cardíacas e cateterismos – diagnóstico e terapêutico), além de ações assistenciais integradas.
Já as doenças cardiovasculares adquiridas são aquelas que ocorrem durante o curso da vida. Os fatores de risco são variados: desde história familiar/carga genética e fatores extrínsecos como sedentarismo, estresse, alimentação desregrada, maus hábitos (como fumar e consumo de bebida alcoólica e sono inadequado). “E quando falamos dos principais complicadores para a saúde cardiovascular estão no topo da lista a obesidade, hipertensão, diabetes e dislipidemia”, finaliza.
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