Avaliação médica pode evitar consequências para a saúde a curto, médio e longo prazo!
A pandemia da Covid 19 que se alastra desde meados de março de 2020 no Brasil e desde antes em outras partes do mundo fazendo muitas vítimas. Felizmente, o número de casos com pacientes recuperados é superior ao de perdas. No Brasil, atualmente, cerca de 8 milhões de pessoas se recuperaram da doença, enquanto quase 240 mil vidas foram perdidas.
Segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), um grupo de pacientes recuperados da COVID e que está sendo acompanhado pelos pesquisadores, afirma que após a doença sintomas como fadiga e falta de ar permaneceram, além de impactos no estado emocional. Essa pesquisa mostra a importância da assistência à saúde do paciente após sua recuperação.
Para o clínico geral e nefrologista Dr. Luís Gustavo Trindade, o check-up pós Covid é mais do que necessário. “Durante o período de manifestação da doença, muitos dos pacientes apresentaram complicações em alguns sistemas do corpo, o que se fez necessário ações de assistência médica para garantir a saúde dessas pessoas. É ideal que elas continuem se preocupando com a sua qualidade de vida após a doença, mas infelizmente, nem todas têm esse cuidado.”
Sistemas mais afetados pela COVID
O especialista comenta que as complicações que acometem o sistema respiratório, especificamente o pulmão, são as mais comuns. “Na COVID-19, o paciente pode apresentar dificuldade para respirar e evoluir para casos mais graves como a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). Mesmo após a recuperação da fase aguda da doença, existe a possibilidade de complicações para a saúde a longo prazo em outros sistemas do corpo, entre eles o cardiovascular, urinário, endócrino e neurológico”, alertou o médico.
Ele ainda acrescenta que os casos devem ser estudados e acompanhados individualmente por um profissional especializado, pois apenas ele saberá indicar ao paciente um tratamento personalizado e eficaz para sua reabilitação pós-covid. “Infelizmente, essas sequelas não são necessariamente percebidas imediatamente, permanecendo como enigmas que aos poucos vão sendo desvendados pela ciência. Portanto, é fundamental um seguimento médico, principalmente nos pacientes muito sintomáticos ou que enfrentaram de forma grave a doença, com necessidade de internação e uso de respiradores, a investigação deve ser ainda mais criteriosa e com todos os auxílios especializados necessários”.
Fonte: Luís Gustavo Trindade é médico especialista em Clínica Médica pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG). Possui título de especialista em nefrologia pela Sociedade Brasileira de Nefrologia. Possui especialização em transplante renal pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Atualmente faz parte do corpo clínico da Rede Mater Dei de Saúde.
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